quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Reflexões referente ao tema "desigualdades em saúde"



 Quando da leitura  da "Nota breve sobre Desigualdades em Saúde como objeto de conhecimento", pereceu-me que a exemplificação do que sejam inequidades e iniqüidades em saúde poderia facilitar uma melhor elucidação dos conceitos, pois sem a sua ilustração  fica o  seguinte questionamento,   não serão  as desigualdades evitáveis e injustas também vergonhosas e indignas? 
Por outro lado, essa é uma questão de valor/ ética que remete também a características sociais e culturais de diferentes povos e nações,  muitas desigualdades podem ser consideradas injustas, vergonhosas, indignas   e  despertar aversão para alguns indivíduos, povos e nações e serem essas mesmas desigualdades aceitáveis ou mesmo naturalizadas por outros;
É possível discutir equidade, iniqüidades e inequidades em saúde sem discutir discriminação e privilégio em saúde? 
Vez que, 

                       eqüidade - igualdade  = justiça em saúde 
                       inequidade e  iniqüidade = falta de justiça em saúde  -->     houve discriminação (enquanto ato de considerar que a diferença implica diferentes direitos) de alguns  -->   e a defesa a  manutenção ou perpetuação de privilégio de outros,  quanto às:

 Necessidades de saúde
              ou
 Necessidades de serviços de saúde


Outra questão diz respeito à sobreposição das discriminações sobreposição das discriminações a que estão suscetíveis os indivíduos na sociedade.


Por fim, considero que, embora não tratem diretamente das desigualdades em saúde,    Offe e Crenshaw,   são autores que traz interessem interessantes contribuição à discussão da discriminação, e que portanto mereciam ser visitados. Offe (1985) ao chama atenção para o problema relativo à distribuição desigual dos riscos do mercado de trabalho entre grupos específicos diferentes, ao qual nomeia “grupos-problema do mercado de trabalho” e Crenshaw (1989), ao cunhar o termo interseccionalidade. 


Eloísa Bastos  

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