quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Assim como Tainanda Paula (comentário abaixo), acredito que o recorte histórico tem muito a contribuir no debate sobre as desigualdades em saúde, o qual praticamente não aparece nos textos “Equidade em Saúde: uma análise crítica de conceito”, “Nota breve sobre Desigualdades em Saúde como objeto de conhecimento” e “Segunda nota breve sobre Desigualdades em Saúde como objeto de conhecimento”.
Uma compreensão histórica dos processos sociais, permitiu-nos entender a natureza múltipla e diversa do objeto estudado, a integração e desintegração de elementos diferentes e contraditórios, a compreensão de processo enquanto reconhecimento da mutabilidade dos objetos, aceitação do imprevisto como forma de expressão de um sistema que é construído e reconstruído no tempo.
Discutir o tema da desigualdade em saúde a partir de um olhar histórico é dar uma dimensão de processo a questão em análise, enquanto fenômeno que foi construindo e que se reconstrói cotidianamente, o qual é precedida por discursos e ideologias que ordenam, controlam e direcionam as formas como as pessoas se organizam socialmente, os processo de subjetivação e os modos de interações socialmente estabelecidas. Neste sentido, um recorte histórico possibilita entender a gênese dos fenômenos sociais, quais as ideologias que os sustentam e os efeitos nas vidas dos sujeitos.

Jarlan Miranda

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